quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Uma só alma, Um só coração

Olá amigos!!! Estou algum tempo sem postar, porém agora venho para lhes contar um sonho fantástico que eu tive, dígno de uma série, aliais estou até pensando nisso.

A hitória se passa na região de Tostaca, na Itália, no período da Idade Média. No sonho eu me chamava Guiliana, uma jovem da casa dos Bourgon, antigos donos de um grande feudo, mas que no momento se encontram em débito com seu suserano, o senhor Guisépi da casa dos Médici, família de grande importância no período e principal incentivador das Cruzadas.
Devido o débito, o senhor meu pai fez um acordo com os Médici para que nós não perdessemos nossa terra, este acordo estabelecia que D.Francesco, seu filho mais novo, me desposaria.
No entanto, nisto não houvera mau algum, afinal Francisco e eu nos amávamos, nosso amor nascera em um encontro em dos festivais em honra do rei. Ele montava um bélissimo cavalo branco, de tal altivez e agilidade impressionantes, sem dúvida alguma, era o mais belo e forte cavalheiro. não era de se estranhar que o mesmo ganhasse a competição. Entrentanto, nosso encontro ocorreu no grande salão de nossa majestade Augustus IV. Logo no início do baile nos olhos se encontraram e e ele por conseguinte se aproximou e me pediu a mão para uma contra-dança, no entanto o que era para ser apenas uma se tornou várias, fazendo com que aquele saral que já era majestoso se tornasse magnífico, foram horas que se tornaram infinitas ao seu lado, uma eternidade que infelizmente durou pouco. No entanto, a semente do amor já havia sido semeada, nosso amor já estava germinado. Aquela noite fez com que Frascisco inventasse motivos a todo momento para me cortejar.
Vendo isso nossos pais viram que não havia motivos para não aprovarem nossa união, além do mais, esta união era perfeita para os Médicis, afinal eu era a única herdeira das terras, a dívida não estaria só liquidada com esta união como se tornaria verdadeiramente lucrativa, dado a fertilidade do terreno e a existência de grandes áreas virgens com possibilidade de se tornarem para testes da então famosa manufatura, uma estranha forma de "modernidade" como dizia os estudiosos. Por parte do senhor meu pai não havia altternativa se não concordar afinal esta dívida era enorme, sem possibilidade de liquidá-la, este casamento seria o final de suas insônias. Além do mais estava apaixonada, o que poderia ser mais perfeito.
Os preparativos do casamento foram tomados, após o contrato realizado entre ambas as partes, pretendíamos nos casar no dia 13 de maio de 1184 da era de Nosso Senhor. Resolvemos nos casar nesta data, pois era um dia muito especial para nós, primeiro pois era a data de nascimento de minha querida avó, D. Maria Giocconda, segundo pois fora nesta mesma data que nos conhecemos. Prepara tudo com enorme dedicação, afinal queria que aquele momento fosse inesquecível, seria sua para todo o sempre com a graça de Deus e a Virgem, nossa protetora. E com a graça dela, o papa, iria celebrar nossa união.
Nas aproximidades do casamento, praticamente já tudo pronto, a cidade sofreu um enorme ataque dos infiéis mulçumanos. Nossa cidade resistiu bravamente, entrentato infelizmente não continhamos a Cruz Sagrada para nos proteger, deixando a cidade arrasada com milhares de mortos e alguns sobreviventes.
No combate Francesco foi na infantaria da frente, lhe implorei para que não fosse, pois na noite anterior havia recebido um aviso da Virgem, que minha vida não seria mais a mesma, pois grandes eventos ocorreriam, me mostrando a morte de meu amado, de minha vida. Lhe contei sobre a visão porém ele não quis me ouvir, argumentando que jamais ninguém o havia derrubado em combatem, que não teria com o que me preocupar, que em breve voltaria para os meus braços. Sendo estas suas últimas palavras:
- Eu sempre volto para o que é meu, Guilliana. - e com um beijo se despediu
Orei incessantemente para que a Virgem não permitisse o que Ela havia me mostrado, no entanto, ao ver a cidade ser arrasada e meu castelo ser invadido com todos mortos, me desesperei, não sabia o que fazer, sai desesperada para o centro de batalhas precisava encontrar meu amor, precisava salvá-lo.
Ao chegar lá, encontrei somente a morte e a destuição; família, amigos, meus irmãos na fé, todos mortos ou morrendo, a derrota era eminente, senti um aperto no coração, não conseguia encontrá-lo, será que já estava morto, ou ainda resistia? Quando finalmente o encontrei, lutava, com a bravura de um rei, fiquei feliz em vê-lo agradecei a Deus pela graça concedida, quando grite seu nome, ele olhou e sorriu para mim, vindo ao meu encontro. No entanto, fora atingido no peito por uma fecha, eu não acreditava no que estava vendo, era exatamente como a Virgem me mostrou, meu amor morrendo, minha vida chegando ao fim. Corri desperadamente a seu corpo caído, chovara e abraçavá-o incessantemente, não sabia mais o que fazer em o que pensar, ele me pedia para fugir para que me salvasse, porém eu não o ouvia, foi quando vi a espada ao seu lado, peguei-a e em choros me preparava para a morte, onde enfim poderíamos viver nosso amor, entre dores e gemidos ele dizia para que eu não fizesse aquilo, no entanto eu gritava que isto era necessário. Quando levantei a espada, fui atingida por trás nos ombos por um dos inimigos, cai então no chão e olhei para meu Francisco, foi então que fechei os olhos e esperei a morte, a hora de nosso encontro.
Logo em seguida tudo ficou escuro, este era então o céu? Mas onde estava os anjos, meu amor, meus irmãos que já se encontravam junto de Nosso Senhor? O céu era isto? Somente escuridão e um grande vazio? Porém, decorrido algum tempo, comecei a ouvir uma língua estranha, da qual nunca ouvira, corri para tentar encontrar o dono da voz, mas não via ninguém só trevas, continuei a percorrer aquela escuridão para tentar encontrá-la, foi quando o dono daquela mesma voz angelical, falou em minha língua, pedia para que eu abrisse os olhos, no entanto, eu já não estava acordada? Então ele reordenou com a voz mais doce e segura de si que eu já havia escutado, não tinha como não obedecê-lo, era uma estranha sensação, difícil de explicar.
Ao abrir os olhos me deparei com um belo local, cheio de adornos, cortinas feitas de linhas de ouro, com uma arquittetura que se assemelhava e muito com a pagã dos greco-romanos, todas feitas de mármore, granito e ouro, porém ao olhar para o lado, pois era de onde vinha a voz, avistei uma bela criatura, dono de um par de olhos penetrantes, alto, forte semelhante a aqueles belos deuses dos pagãos, fiquei desnorteada. Tinha uma pele morena que o encobria com um belo traje parecido com dos orientais infiéis, além de seu encantador cabelo castanho até os ombros, este era então o meu anjo? Dono daquela vós celestial, que me enebriava?
Mais uma vez meu anjo me perguntou como eu estava, foi então que lhe respondi que estava um tanto confusa, afinal minha cabeça lateja como nunca, no entanto, apesar da dor, lhe perguntei onde estava. E ele simplesmente me sorriu e beijou a testa. Em seguida ele voltou a falar em uma língua estranha e logo vieram dois homens com roupas típicas, também, dos infiéis. Ele voltou-se novamente para mim e pediu que eu voltasse a dormi que em breve eu estaria melhor e que os eunucos cuidariam de mim. Então lhe perguntei se ele voltaria, e o que recebi foi o mais belo e encantador sim. Minhas dores que se econtravam cada vez mais intensas não permetiram mais que eu falasse voltando assim a dormir.
Ao despertar, enfim sem dores já me sentido bem disposta, pude me dar conta que de fato não estava morta, estava em um lugar distante, longe de minha casa e de meu amado Francisco, onde estarás, minha vida? Onde estou? Já com forças me levantei e caminhei ao longo de meus aposentos, me deparei então que encontrava em solo inimigo, afinal aqueles trajes, língua, formas de culto, entre outras coisas eram típicos dos infiéis, mas séra possível mesmo? Mas, porque não me mataram como os outros? E então meu anjo também é um infiel, oh não Senhor não permita isso! Porém.... pensei comigo mesma, se estou viva meu amado então talvez também esteja? Momentaneamente me animei e tudo que eu queria, que eu precisava, era ver meu anjo, precisava perguntá-lo. Foi quando ouvi novamente sua bela voz, mas dessa vez mais doce e animada.
- Ahhh... vejo que estais melhor, já estais até mesmo andando, nem imagina o quanto me alegro. - me disse o anjo
Sorri para ele e lhe perguntei quem era. Ele me respondeu com o mesmo sorriso que era Xerxes, imperador de todo o império mulçumano. Fiquei aterrorizada, afinal o meu anjo era meu inimigo, o que havia causado dor e destruição ao meu povo, que havia me tirado o meu amor, meus sonhos! Não podia crer em tal coisa, como? Então meus olhos se encheram d'água e aos choros lhe questionei se de fato era verdade tudo o que ele havia me dito e também por Francisco, e esta fora a sua resposta:
- Será que você não é capaz de compreender? Será que você não é capaz de agradecer? Foi Allah que me levou até você, caso contrário não estarias mais viva. - e me respondeu isso de forma amarga e triste com um tom de raiva
- Você que não compreende, perdi meu amor, minha vida, meus irmãos tudo isso por causa de um desejo tolo de conquista. Quero voltar para minha terra. - lhe falei entre lágrimas e soluços
- Pois não irás, seu lugar é aqui! E saibas que não tive culpa pela guerra, porém vocês cristãos são incapazes de compreender. Ficarais aqui trancada até que eu diga que poderás sair! - e estas foram as últimas palavras que meu anjo, ou melhor, Xerxes me dirigiu antes de fechar a porta com tal força jamais vista.
Depois de nossa briga passei, dias chorando e planejando vingança ao responsável da morte de meu Francesco e passei assim dia após dia pensando, arquitetando. Até que após algum tempo sucedido um dos eunucos me trouxe algo inesperádo, um pedido de desculpas formal de vossa majestade com um convite para um jantar, além de belos narcisos. Pensei em recusar na mesma hora, no entanto, vi a oportunidade que tanto esperava e resolvi aceitar.
Mais tarde enquanto me arrumava, uma das servas me trouxe um belo vestido, enviado pelo imperador para o jantar. Estava tão anciosa para aquele momento, afinal o que poderia dar errado? Tudo estava bem planejado, quando ele menos esperasse lhe enfiara a faca e teria então minha vingança.
Quando o momento da ceia então chegou eu já estava pronta com a faca escondida e sai juntamente com os guardas que me conduziam para o local. O salão era magnífico, cheio de adornos reais, com uma arquitetura fora do comum, todo o salão lembrava a cultura greco-romana com grandes estatuetas em mármore, os ornamentos da arquitetura também eram em mármore, ahhh... mais e que jardim, sem igual era o mais belo que eu já havia visto, tudo se encaixava perfeitamente com a música que estava de fundo completando assim o ar de perfeição que impregnava o local, tudo isto avistei no vão das escadas, que dava acesso ao belo salão. Porém, de todas as belezas, a que mais me enpressionou, fora de meu anjo que me aguadava no final das escadas, como era possível, uma criatura que já era celestial se tornar divina? Por apenas alguns minutos, ao observar tal raridade, me esquecera totalmente de minha vingança, meu único desejo era me deixar levar por aquele maravilhoso sonho. Mas, não poderia me permitir tal absurdo, deveria concluir o que iniciei, queria vingança.
Ao terminar de descer, Xerxes me pegou pela mão e me conduziu em silêncio para o centro do salão, nervosa com o plano resolvi também não lhe dizer nada.
Assim que chegamos ao centro, meu agradável inimigo me ofereceu um lugar para me sentar, que era bem próximo de seu acento real. A mesa era extremamente apetitosa, com diversas especiarias do Oriente, além é claro, de comidas típicamente de minha região, era algo, ou melhor, o mínimo, como ele dizia, para que eu me sentisse mais confortada, mais feliz. Durante a ceia nós conversamos sobre vários assuntos, dentre eles: artes plásticas, sendo que muitas vezes, Xerxes vazia questão de me impressionar ao dizer que diversos quadros ao longo do palácio foram feitos pelo próprio. Conversamos também sobre literatura, música, que aliáis ele também era um excelentíssimo músico, demonstrou isso ao torcar para mim um pequeno trecho de uma cantiga do povo saxão. Porém, dentre os mais variados assuntos que abordamos o que mais me chamara a atenção fora a arte da meditação, algo que nunca ouvira dizer, porém, que me parecera interessantíssimo. E cada vez mais meu querido e odioso rei, me demonstrava ser uma criatura divina, uma verdadeira dádiva de Ihwh, pois quem afinal de contas poderia ser capaz de criar tão sublime criatura além do próprio Eu Sou?
Entrentanto, por mais que em minha mente a idéia de que ele só poderia ser um anjo enviado por Deus, não poderia deixar de pensar em todo o mal que o mesmo havia me causado, pois talvez fosse isso, talvez Xerxes não fosse um enviado do Altíssimo mas sim do tentador, pois me recordo bem, era desta forma que minha avó D. Giocconda, descrevia-o em suas histórias. Sim, então era isso, no entanto, como posso ter sido tola? Agora, tinha certeza, não importasse o que ele me dissesse, saberia que eram apenas ilusões, que seu real objetivo não era meu perdão, mas minha condenação. Porém, a pergunta que não me calava era como, afinal este era a falha eu meu plano, reconheço, não havia pensado nesse trecho, afinal meu amado era forte demais para mim, principalmente para alguém que continha como arma apenas uma mera darga, até que... subitamente, este olhou para mim e perguntou com um enorme sorriso:
- Não desejas dançar? Afinal, está uma noite maravilhosa, tenho certeza que iremos nos divertir bastante.
- Claro! Estou lisongeada - lhe respondi quase que de imediato, pois era tudo o que precisava, só procurei disfarçar minha ansiedade, não poderia colocar tudo a perder.
- Que ótimo! Então, deixe-me mostrá-la o que preparei, creío que você gostará. - me disse com uma enorme felicidade.
- Surpresa?! - perguntei exclamando assustada, o que poderia ser enfim?, porém, optei por não realizar mais perguntas, pois com o desespero que me dominava qualquer frase minha a mais poderia por tudo dar errado, entrentanto como manter-me calma, se estava prestes a matar a perfeição humanada?
Meu amado, não me respondera nada sobre meu questionamento, simplesmente me conduzira a uma parte do salão da forma mais singela e doce que já vira em toda minha vida, sua graciosidade era de fato para deixar qualquer pessoa desconcertada, mas o que mais me intrestecia era de pensar que nunca mais teria seu belo sorriso, sua voz angelical, em fim, o que fazer? Sei que estava sendo fraca, mais o que fazer se o tentador também usa armas apreciáveis, porém teria que fazer o que deveria ser feito, nem que fosse por meu amado Francisco.
Ao chegamos próximo dos músicos Xerxes fez um leve movimento com as mãos que fez com que desse início a valsa que mais apreciava durante os bailes e iniciamos a partir desta nossa maravilhosa contra-dança. No entanto, o que eu não conseguia compreender era como ele poderia saber de tal fato, jamais lhe relatara sobre isso. Não conseguia entender, porém quando já estava perdida em pensamentos e esquecida totalemente de meu ambiçioso plano, ele me dirigira as seguintes palavras:
- Vejo que a deixei assustada e até mesmo pensativa. Pois,deixe-me lhe falar um pouco mais de minha pessoa. Sou um ser bastante prestativo e observador, em especial a aqueles que tem meu apreço. Acredite, nenhum detalhe se passa por mim sem que eu o note. Desde que a vi pela primeira vez no campo de batalha, a senhorita me provocou um estranho sentimento de por assim dizer atração, preocupação, chegando até mesmo de contemplação. Enquanto esteve desarcodada, não houve um dia sequer em que não estivesse ao teu lado, era algo devotativo. E quando ouvi a tua belíssima e encantadora voz, me tormei-me escravo de ti, tentei resistir, mas não podia era mais forte do que eu, por isto tomei aquela atitude ao ser acusado por minha senhora de tais acontecimentos, então preferi me afastar, esquecâ-la.
No entanto, durante o tempo em que nos mantemos ausentes, não houve um dia sequer em que não passasse em sua porta e ficasse ali por horas em estado contempletivo, totalemente imóvel por horas a ouvir seus passos e sua entorteante voz a cantarolar esta valsa. Por diversas vezes tive o desejo de entrar em seus aposentos e lhe pedir perdão e lhe explicar tudo, entretanto minha cólera e meu medo não permitiam, até que não pude mais conter meu desejo de revê-la e lhe convidei para este banquete com todas as regalias que um rei apaixonado poderia dar, pois o que sinto por ti está além de mim, além de nós.
E assim Xerxes se declarou para mim, me deixando totalmente desconcertada, sem saber o que de fato dizer, neste momento já me encontrava totalmente confusa, amor e ódio, afinal o que escolher? Meu coração aclavama cada vez mais amor por ele, como se nunca houvera antes um outro dono, sem dúvida alguma, meu peito gritava por Xerxes, e cada vez mais forte Xerxes, sim era ele quem eu de fato queria, a quem eu realmente amava. Mesmo minha razão me dizendo o que teria que ser feito, eu já não podia mais, isto dilaceraria minha alma e em meio a toda essa dor que me cercava, em seus braços cai em lágrimas já não podia mais contém tanta dor, tanto sofrimento e entre lágrimas e soluços, gritei deliberadamente que também o amava, sim eu o amava, com todas as minhas forças, pois desde que o vira não não houvera um segundo sequer em que meus pensamentos fossem dele mesmo em quanto pensava em vingança, na verdade desejava intensamente em revê-lo, em sentí-lo, sim, era isto que eu queria tê-lo.
E em meio a toda essa situação deixei cair a faca que já a segurava em minhas mãos. Ao ver isso pensei imediatamente em responder-lhe, porém meu querido amado se antecipara e ao me soltar bruscamente, me dissera:
- Então é isto que planejavas todo o tempo? Enquanto eu estou aqui lhe declarando todo o meu amor, me humilhando ao seus pés e eis assim que me tratas? Imagino o quanto deva estar se deliciando com o meu ridículo, com o papel tolo que lhe prestei, pois se então desejas assim, vamos, mate-me se não sou digno de vosso amor também já não mereço viver, afinal de que adiantaria viver, se estaria condenado a ti. Vamos, mate-me! - exlamava-me aos gritos quase que de forma implorativa
- Não, meu senhor! Tu não entendes, ponha-se no meu lugar. Como se sentiria? Eu também o amo, hoje, tenho mais certeza do que nunca, é a ti que amo e desejo. É bem verdade, que cheguei a planejar tal ato, porém não seria jamais capaz de cumpri-lo, pois se o fizesses não poderia conviver com esta culpa seria demais para mim, perdoe-me, lhe suplico! - e lhe exclamava isto em lágramias e ajoelhada, mas nada adiantara ele já não me ouvia mais, me deixara ali sozinha com minha dor, meu Deus o que fiz? Acabara de perder o amor de minha vida, minha razão de existir.
Mesmo já sem forças levantei-me e fui atrás dele, afinal lhe devia explicações, precisava de seu perdão. Ao olhar minha fronte, avistei-o na sacada do salão ao fundos, corri ao seu encontro e ao me aproximar ele me pediu que me afastasse que não o procura-se mais que eu estava livre, fiquei completamente estérica, sem saber o que fazer. Então pedi-lhe que eu pudesse pelo menos lhe olhar uma última vez. Quando ele me mostrou o seu semblante meus olhos se encheram de lágrimas era tanta angústia e tristeza em seu rosto que não tive se não alternativa em lhe falar:
- Mesmo que não queiras mais me ouvir, lhe direis. Sei que errei e concordo em partir pois não sou digna de sua misericódia, mas antes de ir gostaria de lhe dizer que tudo que fiz e pensei inicialmente fora uma grande insensatez minha porém, foi tudo por amor a minha pátria e a quem eu pensava que meu coração pertencia, no entanto...
- Pertencia? Mas se não o amas quem.... - Olhou-me para mim com um ar angustiado entre esperançoso
- Meu coração pertence a ti, sim, sou sua Xerxes, o destino de minha vida já não cabe mais a mim, mas a ti, se tu dizes vai eu vou e se me dizes fica eu ficarei, sou tua serva, agora te pertenço, sou sua propriedade.
Depois de ter pronunciado estas palavras, sai de sua frente sem lhe olhar, não tinha mais forças para olhá-lo. Porém, quando já me direcionava a saída do salão Xerxes me gritava pedindo que o esperasse correndo ao meu encontro. Animei-me afinal, mesmo que fosse palavras rudes que eu tivesse que ouvir eu já me sentiria feliz, pois teria o privilégio de ouvir aquela voz angelical mais uma vez que me encantara desde o primeiro momento.
- Espere! Antes de ir quero lhe perguntar - me dizia com um tom sério e duvidoso
- Pois pergunte-me e eu lhe responderei, meu senhor - lhe falei com um tom simples e humilde
- Tudo que me disseste minutos antes era verdade? Não mentiste em nada? - perguntou-me mantendo um tom de seriedade
- Sim, meu senhor! - lhe respondi sem olhar, tinha medo de sua reação
E após minha resposta voltou-me a questionar:
- Tudo que me disseste minutos antes era verdade? Não mentiste em nada?
- Sim, meu senhor. - Lhe falei, sem compreender, o porquê desta repetição
E pela terceira vez ele me perguntou:
- Tudo que me disseste minutos antes era verdade? Não mentiste em nada?
E já triste e confusa lhe disse:
- Sim, meu senhor. Não ves que eu o amo e como tua serva minha obrigação é sempre lhe dizer a verdade?
- Sim, vejo que de fato o que me dizes é verdadeiro. Com tudo, lhe tenho mais uma pergunta e após esta, lhe darei tua liberdade, liberdade esta que nunca a tirei, mas que insistes em dizer que me pertences. - falou-me sem direcionar seu olhar-me a mim
- Pois bem, então pergunte-me e eu responderei, e já lhe disse sou tua, não tenho escolha senão te serguides, sem ti não sou nada, me reduzo ao pó que se acumula com o vento.
- Bem, suponhamos que um rei quisesse dar, a uma bela jovem o maior presente que um honroso rei pudesse dar, digamos metade de seu reino, se assim ela o desejasse para que este tivesse seu coração, o que me dirias? - ao me perguntar olhou-me fixamente
Entre lágrimas e sorrisos de emoção lhe respondi:
- Meu senhor, lhe diria que nem mesmo todo o seu reino, nem todo o ouro do mundo seriam o suficientes para comprar o meu coração, mais que seu amor, sim, seria o maior presente que esta poderia receber e que mesmo assim a mesma lhe teria uma dívida eterna, pois o senhor olhaste para a mais humilde de tuas servas.
- Pois então case-se comigo Guiliana de Bourgon. E façamos de nossas vidas uma eternidade de amor e conhecimento, onde este reino será de prosperidade e paz para todos aqueles que o assim desejarem. - respondeu-me com um enorme sorriso e felicidade.
E lhe respondi que aceitaria com enorme emoção, pois jamais me concederaria dignia de seu amor, após minha resposta ele me abraçou e nos beijamos pela primeria vez, um beijo doce e caloroso, do qual nunca me esquecerei.
Após o pedido os preparativos para a festividade se iniciaram, foram convidados uma diversidade de príncipes e reis de vice-reinos e reinos aliados ao império, além de outros súditos da realeza e pebleus, queriamos que todos estivessem presentes para serem testemunhas de nosso amor.
Para que tudo ocorresse da forma que nós tanto idealizávamos, foram contratados os melhores profissionais na área, alguns provindos inclusive fora do império, Xerxes queria algo magnânimo e colossal, por isso em nenhum minuto mediu esforços para tornar nosso casamento inesquecível, afinal fora o que justamente os convidados e amigos mais próximos e estimados do rei afirmaram. A única surpresa de fato para Xerxes fora meu vestido, pois segundo a tradição latina, da qual sou descedente e quis segui-la, deveria ser segredo, pois caso contrário não traz bom fluidos. Mesmo não sendo superticiosa, não quis ir contra a idéia, afinal é divertido.
Depois de exaustivos e alegres seis meses de preparação para o casamento o dia enfim havia chegado, estava tão emocionada, pois durante esses meses meu amor por ele estava mais vivo que nunca. Tudo em Xerxes me encantava, sua voz, sua simplicidade, inteligência e tantas outras mais. Quero ressaltar que durante esse tempo, meu amado ainda se demostrou ser um excelente professor, paciente e sempre disposto, não tinha como não aprender. Seus conhecimentos pareciam ser ilimitados, astronomia, ciências humanas, medicica, arte da guerra, enfim era um ser previlegiado ou como costamava a dizer de iluminado.
O dia havia finalmente chegado, o dia que tanto esperavámos, como já mencionei anteriromente, no entanto,estava muito emocionada, por isto não me cansava de repetir, era tamanha minha contentação que a alegria se tornou em desespero e agonia, pois na madrugada do dia 08 de dezembro havia mais uma vez tido um sonho terrível, sonhara com Xerxes, sim, Xerxes, meu querido e amado Xerxes morto em meus braços, no sonho havíamos sofriado uma espécie de rebelião, não sei, era tudo tão confuso as únicas imagens que me eram nítidas era de meu anjo morto e daquele rosto, mas, eu me perguntava quem era, aos prantos. Até que me despertei abraçada poo meu noivo, tentando me acalmar, pois estava em total desepero, segundo ele se ouvia meus gemidos e pedidos de socorro do outro lado do castelo. Tudo o que ficou fora isto, a imagem turva daquele semblante que tanto me intrigara, pois tinha certeza que o conhecia, porém quem? Aquilo me intrigava, me torturava, por isso o medo, a aflição. Xerxes insistia em dizer que era apenas um mero pesadelo, e o que poderia ser imagens distorcidas perto das grandes legiões mulçumanas?
Entretanto, o que ele não sabia, que outrora, já havia vivido semelhante experiência. Por isto o medo, a aflição, continuei tentando lhe explicar, mas meu querido permanecia convencido de que era algo irrelevante.
Então, já descontrolada e não vendo outra alternativa, resolvi lhe relatar minha experiência anterior. E fora com estar palavras que lhe contei:
- Meu amado, se lhe digo que temo por nosso futuro, é por tenho fortes motivações para tal ato. Peço-lhe que não se magoe ao lhe contar quais as causas que me levam a esta opinião...
Estava então, a lhe dizer quando fui enterrompida por ele, que me disse o seguinte:
- Minha querida, sabes muito bem, o que penso sobre isto, porém se a tranqüilizará me dizeres o que segundo tens a me falar irei ouvi-la com toda a paciência. E não penses em momento algum que irei me irritar convosco. - terminou assim com um enorme sorriso
- Fico muito contente e simultaneamente preocupada meu senhor, pois o que tenho a lhe dizer é a mais pura verdade e sei que esta verdade é necessária, por isto lhe direi. Não sei se te recordas do cenário de guerra em Toscana, na qual eu me encontrava a procura de d. Francesco.
E com este nome notei como o rosto meu querido se modificasse mesmo que tentasse disfarçar, o conhecia o bastante para saber que este nome o incomodara. Mesmo vendo a mudança em seu semblante, continuei, pois sabia o quanto era necessário este assunto, lhe pronunciando:
- Sai a procura deste cavaleiro nos campos de batalha, pois na noite anterior a Virgem me mostrara pela primeria vez meu futuro e me dissera que nada mais seria como antes. Ao amanhecer, corri para falar com d. Francesco na esperança de convênce-lo a não ir na infantaria. Entretanto, nada adiantara e hoje como a Virgem me dissera, minha vida tomou um curso completamente inesperado, algo que jamais teria pensado. Porém, mais uma vez Ela vem a mim e me mostra um futuro incerto, um futuro latismável, pois um mundo senti ti é o mesmo que um não viver ou um viver pela metade. - conclui com uma enorme tristeza, pois meu coração sentia que o que vira era inevitável
Xerxes ao ver minha expressão tentou me tranquilizar desta forma:
- Minha senhora, não sabe como me sinto dividido, primeiro pois, vejo o como me amas, não que já não sabia disto, porém reconheço que a intensidade de teu amor me deixa emocionado. E por segundo, me sinto triste, pois vosso amor, causa tamanha dor a ti que me sinto arrasado, impotente. Mas, para consolá-la lhe prometo que minha guarda manterá vigilância máxima para que amanhã e por toda a nossa eternidade possamos gozar de nossa felicidade. E quero ressaltar que não necessitas se martirizar por ter pronunciado o nome do sr. Médici, isto não me ofende. - e concluiu carinhosamente logo em seguida me dando um caloro abraço
Permanecemos abraçados por alguns minutos em silêncio até que fora interrompido por Xerxes que me falou:
- Agora, a deixarei para que possas repousar e não te aquetes mais deixarei guardas zelando por ti enquanto me ausentarei para que possa acertar os últimos detalhes de nosso Nikah, haverá amanhã uma adorável surpresa para ti. - e por conseguite me deu um longo beijo na desta se afastando depois, tentei pedir que ficasse, porém meu cansaço era maior e queria registrar bem em minha memória seu rosto, pois mesmo depois de tanto tempo, não conseguia deixar de adimirá-lo, de fato, me considerava felicitada com a dádiva que recebera.
Depois disto, tudo ficou escuro, perdendo aos poucos a idéia de tempo e espaço, tenho certeza que se passaram muitas horas até que deparara com um jardim oriental fabuloso e uma serva me chamando dizendo que estava atrasada, porém atrasada para o que? Eu não estava sonhando? Foi quando pela segunda vez esta me dirigiu a palavra que me deparei que não estava sonhando estava acordada e o dia enfim chegara, foi quando exclamei assutada:
- Céus! Quee horas são? Meu Nikah? Pelo amor de Allah, Dira que horas são? Eu não perdi minha própria cerimônia, perdi?
- Claro que não, minha senhora. - Respondeu-me com um sorriso que estava prestes a se tornar em uma risada
- Então, que horas são? Vamos Dira, responda e me ajude. E onde está Xerxes? E os guardas? E...?
E lhe fui fazendo uma série de perguntas das quais não me recodo de todas, afinal era uma confusão de sentimentos que me dominava, quando derrepente parei e comecei a rir juntamente com a criada que não surportou tamanho nervosismo. Após em breve momento a serva me disse:
- Senhora, reconheço que devas estar preocupadíssima, afinal qual jovem em seu lugar não estaria. No entanto, devo lhe dizer que está tudo pronto, senhora só deve começar a se aprontar, não queres se atrasar, não é?
- Sim, claro que não. Vamos então
Respondi com uma felicidade tamanha que até Dira ques já se encontrara feliz parecia ter ficado mais ainda, sua felicidade era tamanha que ao me conduzir para o banho me falou:
- Senhora, sabes muito bem embora não represente nada, porém, me sinto realizada em ver como meu menino crescera e hoje se casará com alguém que Allah escolheu. Devo reconhecer que a príncipio não compreendia o porquê de meu senhor, tê-la salvado e de seu peculiar interesse, tanto que me recusei inicialmente em servi-la. Algo que deixou meu senhor angustiado, devo acrescentar. Porém, ao notar que o coração de meu menino pertencia a ti, resolvi me aproximar, para conhecê-la melhor, para abrir os olhos de vossa majestade.
Dira, deu uma pausa, para observar-me, pois estava claro, que ela se sentia horrível por não só ter pensado isto sobre mim como ter que me contar, após a pausa ela prosseguiu:
- Bem, entenda, eu o amo muito, como se fosse meu filho, seria natural que eu tivesse tal comportamento, no entanto, conforme os dias se passavam, compreendia o propósito de Allah ter a trazido aqui, seu amor por ele é tão intenso e puro que de fato só poderia ter sido por intermédio de Allah para que este amor surgisse, os senhores são somente uma alma, um só coração, por isto lhe perço perdão e que se possível me veja sempre como sua fiel serva. - e assim terminou entre lágrimas de tanta emoção
- Dira, sei muito bem o motivo que a levou a agir comigo desta forma, não há o que perdoar. E a senhora nunca foi nem será uma serva para mim e sim como uma mãe. Mas agora vamos lá, atens que eu começe a chorar também ou queres que me atrase? - terminei questionando-a com um enorme sorriso
- Claro que não, minha senhora. Todos a estão aguardando-a. - e rapidamente ela secou as lágrimas
Com este desfecho minha nova mãe me conduziu enfim ao banho. Após o mesmo demos continuidade aos demais preparativos, isto é, o cabelo, a maquiagem, o sagrado ritual das jovens islâmicas, entre outros.
E assim, as horas foram se passando, no entanto, um tanto devagar nem mesmo a curiosidade pelas passagens que eram ditas pelas serves no ritual me prendiam, na verdade me iritivam, devido minha impaciência, a única que, de fato, ouvira fora a "Enviamos mensageiros antes de vós e lhes demos esposas e filhos." (Alcorão 13:38) , devido algumas semellhanças com minha fé. Depois desta, não faço a idéia do que tenha dito ou feito, só conseguia pensar na noite passada, na promessa feita por Xerxes, na noite passada não havia prestado atenção, porém hoje completamente desperta e me recordando do que se passara, me deparava com uma incógnita, afinal o que seria? Tentei me recordar dos meses que passamos juntos para ver se descobria algo, entrentanto, fora em vão, ou será que em estado de contemplação deixei de ouvir alguma promessa? Não, impossível, sabia todas as frases de meu amado, cada palavra ou gesto seu eu o conhecia. Por isto, não compreendia, o que seria, afinal? Tentei questionar a Dira sobre Xerxes ter algum segredo, todavia, ao terminar de realatar sobre a noite passada ela me repondeu:
- Minha senhora, se soubesses também não lhe diria, porém devo confessar-lhe que estou tão intrigada quanto a ti, em especial porque meu menino não é de me esconder absolutamente nada, por acaso a senhora, em algum momento não lhe confidenciara algum desejo ou capricho? Pois certamente, será isto que ele deve está preparando.
- Dira, realmente não faço idéia. Estou a horas tentado de recordar de algo, mas até o momento...
E interrompi a mim mesma tentando me recordar, quando Dira me disse, com uma risada desfarçada:
- Senhora, talvez fosse melhor aguardar faltam apenas um quarto de hora, oficialmente falando, é claro. Ou irás desistir devido um presente?
- Não, é óbvio que não. Falando nisto será que um vigário virá mesmo dar-nos a benção? Afinal, pelo que se tem notícia isto nunca houve. Reconheço está, deveras preocupada.
- Oh, minha senhora, devo lhe dizer que a preocupação lhe é altamente cabivel, pois qual a noiva que não ficaria, mas fique em paz se há uma qualidade que ensinei bem a meu amo é a onestindade. Nunca vi nem ouvi alguém dizer que um dia o senhor de todo o império mulçumano tenha lhe faltado com a palavra. - respondeu-me com uma enorme felicidade
Após nossa breve conversa, conclui meus afazeres e me preparei para minha entrada quem iria me conduzir seria um grande amigo de Xerxes, o oficial Abu Mohammad, na realidade se fosse um casamento totalmente islâmico esta entrada não existiria, porém como Xerxes não queria que eu me afastasse de minha fé e eu nem a dele, resolvemos mesclar as cerimônias, na verdade uma brilhante idéia de meu amado.
Quando enfim chegara a hora tão sonhada desci as escadas para ir em direção ao templo, Abu já me aguadava. Nos cumprimentamos e nos dirigimos a carruagem. Após mais ou menos dois quartos de hora decorrido chegamos ao local, porém já nas aproximidades podia se ouvir Ave Maria, fiquei emocionda.
No entanto, nada poderia ter me deixado mais realizada, não fosse Xerxes e minha querida avó me aguardando no altar. Mas, como? Foi neste momento que compreendi a surpresa, a questão era, como? Minha avó então não morrera? Ela, então estava viva, isto só poderia mesmo ser um milagre. Estava desesperada para falar com ela, porém ainda me encontrava tão distante de ambos, será que eu não poderia acelerar a entrada? Vendo senão outra alternativa, procurei disfarçar minha ansiedade.
Quando finalmente Abu me entregou há meu anjo proferindo as seguintes palavras:
- Que Deus os abençoe e que Sua bênção esteja com vocês e que os mantenha unidos na boa vontade.
- E que Allh sempre o proteja meu irmão - disse Xerxes a Abu Mohammad
Em seguida ele me disse:
- Não te aquetes mais esta era minha surpresa. - sorriu-me
- Vovó! - exclamei com enorme emoção e em seguida a abracei
- Minha querida neta, não sabes o quanto me alegro pela Virgem tê-la salvo e por tê-la trazido de volta para mim, principalmente hoje, em um dia tão especial. - falou-me com enorme entusiasmo
- Vovó, não te incomodas de um infiel me desposar?
- Minha querida, se não soubesses de toda a verdade, de fato, me não aprovaria este casamento, porém dado os acontecimentos e vendo quem é o cavalheiro. Não vejo mal algum, mas agora sem conversas, deixemos para mais tarde.
E depois deste breve momento a cerimônia fora enfim celebrada com dois celebrantes, um de minha fé e a outra de meu anjo. Tudo ocorreu exatamente como planejavámos, fora fabuloso, no entanto, o inesquecível fora as palavras de meu amado na troca de alianças, que foram as seguintes:
- Nel nome del Padre, del Figlio e dello Spirito Santo. Amen. Possa il nostro amore non durerà solo per il tempo che viviamo, ma per tutta l'eternità.
- E così sarà. - lhe respondi as lágrimas de tanta a alegria que me embreagava
Após a cerimônia, segui-se das duas festas islâmicas que consagravam os noivos a urs e a walimah esta que duraria sete dias era seguida da urs, segundo a tradição.
A urs fora iniciada com uma belíssima oração que Xerxes fez, que era a seguinte:

"Em Nome de Deus, O Clemente, O Misericordioso
Louvado seja Deus, Senhor do Universo
O Clemente, O Misericordioso
Senhor do Dia do Juízo
Só a Ti adoramos, e só de Ti imploramos ajuda
Guia-nos à senda reta,
À senda dos que agraciastes,
Não à dos abominados, e nem à dos extraviados"

E com o término da oração, meu querido a adorado anjo e eu enfim fomos um, onde tempo e espaço foram esquecidos só havia eu e ele, ele e eu. E assim ficamos o que me pareceu por horas,dias, séculos, milênios... o imensurável enfim se tornara mensurável, o tudo e o nada era um só, nós éramos um...
Na manhã seguinte me dispertei com a doce voz de Xerxes me dizendo:
- Bom dia, senhora Hakim! Há uma linda manhã que nos espera, creio que não deseja perdê-la.
- Senhora Al-Musayyab? Creio que possa me habituar. - disse-lhe com um enorme, mas depois prossegui - No entanto, não entendo o porquê de termos de sair. Não podemos permanecer aqui?
- Minha querida esposa , sabes muito bem que as festividades não podem ser adiadas. Além disto creio que sua avó lhe aguarde. - após uma breve pausa ele me questionou com um sorriso entre sarcástico e vitorioso - Entretanto, se prefirires não ver a senhora sua avó poderemos prolongar por mais algum tempo nossa estadia.
- Vovó! - estava de fato vencida não havia como não reconhecer o desejo de conversar com ela, afinal ainda não tinhámos tido tempo para nos falar.
- Vamos querida, ela a aguarda em seus aposentos.
Ao ouvir este chamado meus muscúlos se contrairam e alongaram, mas minha mente ainda procurava algo para rebater, uma forma de permanecer ali, porém como? Não vendo saída para tal adiamento me arrumei em silêncio e o mais devagar possível, realmente queria muito ver vovó, todavia a que preço?
- Querida! Afinal, por que tanta resistência? Já não sabes que meu coração é teu e que agora nada poderá nos separarr? Nem mesmo aquele seu sonho? - me falava com um sorriso entre escárnio e amável
de Melquior, o rei da luz